Saturday, October 24, 2009

8 ou 80

Ultimamente tenho ouvido de tantas pessoas que sou mal humorado, antipático, que não gosto de ninguém. E o que eu acho mais engraçado é que essas pessoas, pelo menos a maioria delas, vem me falar isso com a intenção de talvez me ofender, fazer com que eu me sinta mal se não sorrio toda hora. O que eles não sabem é que eu sou antipático com orgulho, só sorrio pra quem provoca o meu sorriso. Foda-se quem não curtir. Isso se chama autenticidade, coisa que, para pessoas "perfeitas", não existe.

Monday, September 21, 2009

Amor em tempos de ceticismo



Pirando num livro de um cara chamado Alain de Botton. Se alguém o fosse descrever, talvez dissesse “é um livro que fala de amor”; e essa seria uma definição que muito provavelmente me afastaria desse livro. Porque eu sinto que falar bem de amor é algo quase impossível nos dias de hoje. Porque as últimas coisas que eu li sobre esse tema não me trouxeram nada de novo e eu achei sacal aquele amontoado de lugares-comuns superficiais, e fez com que lá no meu íntimo eu considerasse esse papo bem chato e irrelevante. É um assunto óbvio. E conseguir olhar diferente pra algo óbvio é bem difícil. Mas eis que me deparo com esse livro, que é a história de um triângulo amoroso só que contado sob um ponto de vista bem filosófico. E é aí que a coisa fica mais intensa. Ele se dedica a decifrar a personalidade dos personagens numa viagem psicológica através dos pequenos atos e pensamentos e aspirações românticas de cada um, utilizando citações e referências de vários pensadores. Tô no comecinho, mas já fui fisgado. Este livro me caiu nas mãos por meio de um trecho que li uma vez (como comentei no post passado). Eu tenho a mania de grifar frases e sentenças que chamam a atenção. Contei uma vez pra um professorque sempre me senti meio culpado por isso, por sublinhar e fazer anotações nos rodapés de todos os livros que realmente me identifico. Achava que podia os estar estragando, ou pior: condicionando o próximo leitor a prestar atenção em coisas que eram importantes só para mim. E, ao contar isso, me dei conta de uma coisa: grifar nos revela. Ele concorda, mas não acha perigoso. Acha que grifar nos revela de algumas maneiras que abrem outras perguntas. Eu vou ler este livro sem pressa. Parando de vez em quando e fechando a página pra ficar olhando pro nada.


Em tempo: o livro se chama “O Movimento Romântico”.

Sunday, September 20, 2009

Comprei um livro chamado "O Movimento Romântico" de Alain de Botton. Ainda não li por falta de tempo. O que me chamou mais atenção nele foi um trecho que li e que parece que fui eu que escrevi, tamanha identificação:

“… Eu me desnudo emocionalmente quando confesso minha carência – que estarei perdido sem você, que não sou necessariamente a pessoa independente que tentei aparentar. Na verdade, não passo de um fraco, cuja noção dos rumos ou do significado da vida é muito restrita. Quando choro e lhe conto coisas que, confio, serão mantidas em segredo, coisas que me levarão à destruição, caso terceiros tomem conhecimento delas, quando vou a festas e não me entrego ao jogo da sedução porque reconheço que só você me interessa, estou me privando de uma ilusão há muito acalentada de invulnerabilidade. Me torno indefeso e confiante como a pessoa no truque circense, presa a uma prancha sobre a qual um atirador de facas exercita sua perícia e as lâminas que eu mesmo forneci passam a poucos centímetros da minha pele. Eu permito que você assista a minha humilhação, insegurança e tropeços. Exponho minha falta de amor-próprio, me tornando, dessa forma, incapaz de convencer você (seria realmente necessário?) a mudar de atitude. Sou fraco quando exibo meu rosto apavorado na madrugada, ansioso ante a existência, esquecido das filosofias otimistas e entusiasmadas que recitei durante o jantar. Aprendi a aceitar o enorme risco de que, embora eu não seja uma pessoa atraente e confiante, embora você tenha a seu dispor um catálogo vasto de meus medos e fobias, você pode, mesmo assim, me amar…”

Tuesday, September 08, 2009

Trapézio!

Depois da ressaca física sempre vem a ressaca moral. Ainda não descobri porque isso acontece. Talvez porque às vezes eu fique mais animado que a festa, e sincero demais, e aí pronto. No outro dia, as parcas lembranças que eu tenho são permeadas de ais e uis, e uns “aimeudeus” sussurrados para mim mesmo. Só sei que ontem de noite foi incrível e eu me diverti loucamente. Só preciso me lembrar de comprar um óculos escuros da próxima vez, porque a claridade das 7h da manhã é cruel.

Outro assunto a ser comentado aqui:
"É difícil crer que ainda possamos nos surpreender com as lambanças do Congresso, especialmente do Senado, que talvez pudesse simplesmente deixar de existir sem causar nenhum prejuízo. Mas as recentes declarações sobre o Projeto de Lei Eleitoral que será votado são de dar arrepios. O senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), autor do projeto de censura à internet que ficou conhecido como Lei Azeredo, demonstra o total desconhecimento da rede. Segundo o entendimento dele, a internet é ao mesmo tempo televisão e rádio, e por isso deveria obedecer as regras destes meios – leia-se: espaço idêntico para todos os políticos em época de campanha. Internet é um arranjo comunicacional distribuído. Nela, qualquer pessoa que esteja conectada e que tenha o mínimo de formação pode criar um blog e integrar uma rede social. Infelizmente, é exatamente esta qualidade que alguns Deputados e Senadores querem bloquear nas eleições de 2010. O pior é tentar impedir que a blogosfera exerça seu direito político de criticar os candidatos e de usar da arte e do humor para comunicar uma mensagem contrária a algum político. Numa das versões desse projeto de reforma eleitoral estava proibido “a trucagem”, “montagem” e “qualquer efeito realizado em áudio e vídeo que degradar ou ridicularizar candidato, partido ou coligação”. O que é ridicularizar? O que é “trucagem”, um termo usado nos anos 1940 e 1950 para falar das técnicas de fotográficas analógicas? Eles estão querendo dizer que está proibida a “remixagem”, a recombinação? Sinto muito, ridícula é a tentativa inconstitucional de impedir a crítica, restringir formatos e estilos de narrativas. Uma coisa é a calúnia, a injúria e a difamação. Isto já é proibido. Outra coisa é uma sátira, uma crítica teatralizada e bem humorada, isto não pode ser impedido."

Tenho somente uma coisa a dizer sobre isso e ela será dita em uma imagem:


Monday, August 31, 2009

Todos estão mudos!



Já não ouço mais clamores nem sinal das frases de outrora
Os gritos são suprimidos, o corvo diz: "nunca mais"
Não parece haver mais motivos ou coragem pra botar a cara pra bater
Um silêncio assim pesado nos esmaga cada vez mais

Não espere, levante, sempre vale a pena bradar
É hora, alguém tem que falar!


Há quem diga que isso é velho, tanta gente sem fé num novo ar
Mas existe o bom combate, é não desistir sem tentar...

Thursday, August 27, 2009

Há muito que eu já desisti de esperar qualquer coisa das pessoas, principalmente quando se reúnem e se manifestam coletivamente. Se a unanimidade é burra, a coletividade é estúpida. Em geral, nos grupos sempre acaba prevalecendo a idéia mais rasa, a superficialidade das opiniões sem autenticidade, dos clichês banais, da incapacidade de um pensamento próprio, da falta de ousadia e da falta de coragem de discordar. Chega a ser engraçado pensar que um bando de seres humanos covardemente protegidos pelo anonimato da multidão, se dêem ao direito de se erguer com bravatas e insultos contra um indivíduo que tem a coragem e a força de não se submeter às convenções. Desses sujeitos diferentes eu gosto, respeito e admiro! Na verdade me sinto é desconectado desse tipo de pensamento, desse tipo de atitude, dessa idéia obscurantista de que há e muito nesse ambiente em que vivemos.

Monday, August 17, 2009

Banksy

Banksy é um artista. Um verdadeiro artista. Não sei dizer quem ele é, pois afinal ninguém sabe ao certo. Mas isso não importa, o que é legal mesmo são suas artes, sempre tão provocativas. Suas obras são carregadas de conteúdo social expondo claramente uma total aversão aos conceitos de autoridade e poder. Em telas e murais faz suas críticas, normalmente sociais, mas também comportamentais e políticas, de forma agressiva e sarcástica, provocando em seus observadores, quase sempre, uma sensação de concordância e de identidade. Apesar de não fazer caricaturas ou obras humorísticas, não raro, a primeira reação de um observador frente a uma de suas obras será o riso. Espontâneo, involuntário e sincero, assim como suas obras.

Algumas das que me chamam mais atenção:





(ainda tenho uma coisa guardada pra essa aqui de cima)









Para conhecer mais: www.banksy.co.uk

Thursday, August 13, 2009

Monday, July 27, 2009

Revolução Mental

Sempre tive uma certa preocupação com os problemas sociais que a sociedade enfrenta. Enquanto muitas pessoas defendem as causas ambientais, e outras, eu me identifico mais com os problemas na sociedade. Pra mim, ele é a raíz disso tudo, que para mudarmos muitas coisas precisamos primeiro mudar o que nos cerca. Eu tenho vontade de desenvolver uma obra social extremamente importante, a ponto de dedicar uma boa parte da minha vida a ajudar os pobres, os que sofrem, os doentes. E eu admiro pessoas como a Irmã Dulce, a missionária que tinha devoção ao próximo e um desprendimento das coisas materiais, e na minha opinião essa é a verdadeira espiritualidade. Dar o exemplo, e botar a mão na massa, e não ficar cobrando dizimo de quem já não tem, ficar colocando fotos no orkut e não fazer nada. O mundo hoje é muito umbigo, pois é fácil falar, agora fazer...
Pensando nisso que hoje tomei uma decisão. Eu sou extremamente cagão em relação a tudo, inclusive com coisas de doença, agulhas e seus derivados. Mas, enfrentei meu medo, deixei o egoísmo de lado e quarta feira me torno um doador de medula óssea. Uma agulha enorme, indo direto no seu osso não é um processo agradável, mas penso eu que não é nada comparado a leucemia e outras doenças que uma pessoa que necessita de um doador de medula passa. E esse é o primeiro passo para tantas coisas que quero fazer para o próximo... Quem quiser embarcar, fique a vontade!

"Armazene munição, busque informação
Pra bombardear os que parados estão
E é fundamental gerar consciência
Ninguém nasce imune, se livre das más influências

Revolução mental, tá na hora de acordar!"


Saturday, July 18, 2009

Tuesday, July 07, 2009


Tudo de bom, tudo de ruim. Pensando assim, vejo que não adianta se desesperar com nada, somente porque tudo é tão fugidio e passageiro... Depois que o tempo (o grande remédio) cura, a gente olha pra trás e ri dos medos, das paranóias, das lágrimas, da angústia, da supervalorização de coisas que não merecem atenção, e também das coisas boas como as festas, companhias das pessoas que amamos. Até porque outras sempre estarão por vir...

Monday, July 06, 2009

Bienvenutto!

Já tive várias vezes blogs, desde meus 14 anos. E os assuntos que neles foram discutidos já foram dos mais variados: baboseiras da minha vida pessoal, pensamentos, questionamentos urgentes, e tudo mais que se encontra pelos blogs por aí. Agora, com 22 anos, meu blog se volta para um assunto só: o nada! Não quero me prender a nenhum tema aqui, vou escrever sobre o que eu quiser, na hora que eu quiser, e pra quem eu quiser. Pois, afinal, blog pra mim é uma ótima válvula de escape. No meu espaço eu me permito não ter amarras.

Então, novo blog, seja bem vindo!

Eu posto sempre pensando que ninguém vai ler. É bom assim, porque caso contrário eu ficaria sem escrever...